Faltando 4 plantios para alcançar a meta de plantar 3 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, em Palhoça, o Projeto Raízes da Cooperação acaba de finalizar o plantio de 2 mil mudas de espécies de mangue e de restinga, em outubro.
Ao todo já foram plantadas 2041 mudas, com previsão de finalizar os plantios na primeira quinzena de novembro. Desde 2023, foram realizados 8 mutirões de plantio de 40 espécies de mudas de restinga e de 3 espécies de mangue (e transição), nas três áreas de abrangência do Projeto, inseridas dentro do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, totalizando a participação de 113 pessoas. As áreas em restauração são duas ilhas, uma no Rio da Madre e outra no Rio Maciambu, além do entorno do Centro de Visitantes do Parque (PAEST), na Baixada do Maciambu.
Além disso, serão realizadas ainda 4 saídas de campo para monitoramento da vegetação em restauração, sendo três monitoramentos intermediários e um final. As ações de restauração ecológica são monitoradas conforme metodologia do “Pacto pela Restauração da Mata Atlântica”, adaptada ao projeto. O objetivo é avaliar a eficácia da restauração ao longo do tempo.
O corte de 7,7 hectares de pinus destas ilhas de Palhoça, em 2023, deram início às ações de restauração ecológica do Projeto Raízes da Cooperação, realizado em parceria com a Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental. A retirada desta espécie invasora, o pinus, possibilita a entrada de luz nesses ambientes onde estão os manguezais e as restingas. “Isso proporciona a melhoria no crescimento da vegetação e o aumento da resiliência desses ecossistemas, extremamente importantes na mitigação dos impactos das mudanças climáticas, como enchentes e aumento do nível do mar”, ressalta o coordenador do projeto, Dilton de Castro.
Ao todo, uma área total de 10 hectares será beneficiada com o plantio de 3 mil mudas, somada à retirada dos pinus. Além dos benefícios ambientais diretos nesses ambientes restaurados, a conservação desta área é capaz de promover a proteção e a resiliência em um total de 54 hectares de mangues, restingas, banhados e florestas do território.
Saiba mais sobre o Raízes a Cooperação:
O Projeto Raízes da Cooperação, executado pela Ação Nascente Maquiné (Anama), em parceria com a Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, atua com pesquisa científica, restauração ecológica, mobilização social, educação e ciência cidadã, visando a conservação dos manguezais e ecossistemas associados inseridos na Grande Florianópolis. Região com maior índice populacional do estado.
Estas áreas de abrangência do projeto estão inseridas em três Unidades de Conservação: o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e as federais Reserva Extrativista do Pirajubaé e Estação Ecológica Carijós, além da Terra Indígena Morro dos Cavalos. Este mosaico de áreas protegidas abriga comunidades tradicionais Mbya Guarani e de pescadores artesanais. As principais ameaças a esses ambientes vêm da urbanização, de espécies exóticas invasoras, de incêndios, do aumento do nível do mar e do esgoto irregular.
O Projeto Raízes da Cooperação tem apoio de outras instituições, entre elas, a Universidade Federal de Santa Catarina, Instituto Çarakura, Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e Agência de Gestão e Educação Ambiental (AGEA).