Projeto Raízes da Cooperação realiza oficinas de viveiragem para restauração de manguezais e restingas

Publicado em 03/01/2024
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Antes de iniciar as ações de plantio de mudas de plantas nativas em 2024, o Projeto Raízes da Cooperação, desenvolvido em parceria com a Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, realizou duas Oficinas de Viveiragem, como parte das ações de restauração ecológica de manguezais e restingas da Grande Florianópolis.

As duas oficinas ensinaram técnicas de produção de mudas de plantas nativas da Mata Atlântica. “Foram abordados temas como a leitura e a interpretação de calendário astronômico e lunar, preparo de substrato, drenagem, tipos de vasos, técnicas de propagação, de coleta de sementes e de manejo do viveiro, fertilização e inoculação de microrganismos”, explicou o Ecólogo do Instituto Çarakura, Fábio Penna.

“Aprendi muita coisa nova sobre botânica, mesmo sendo bióloga. A oficina de viveiragem foi importante para fazer um plantio de forma conectada, em prestar atenção em pequenos detalhes, saber respeitar o tempo das plantas e das estações do ano. Estou ansiosa esperando os mutirões de plantio ano que vem”, conta animada Milla Rayssa, bióloga e monitora do curso de Ciência Cidadã, que também faz parte do projeto.

Ana Maria de Freitas, professora de uma escola municipal de Florianópolis, integra o grupo de participantes que já estão na segunda fase do Curso de Ciência Cidadã, e fez questão de participar das oficinas. “Temos um projeto sendo planejado ao longo do curso de Ciência Cidadã, que tem como objetivo montar um viveiro de mudas de mangues e de restingas para futuramente fazermos a restauração da mata ciliar do Rio Capivari, próximo à escola”, explica.

As oficinas fazem parte do cronograma de atividades de restauração ecológica de manguezais e restingas do Projeto Raízes da Cooperação, executado pela Ação Nascente Maquiné (ANAMA), onde também está incluído o plantio de 3 mil mudas de plantas nativas em 2024, numa área de 10 hectares dentro da área de abrangência do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Palhoça.

Entenda mais sobre as Oficinas de Restauração Ecológica:

Depois das primeiras oficinas, em setembro, com foco no mapeamento e diagnóstico participativo, essas duas oficinas de viveiragem dão sequência ao cronograma do Projeto Raízes da Cooperação, que terá um total de oito oficinas de restauração ecológica. Fazem parte, também, desta estratégia, a oficina realizada com o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica em outubro e uma Oficina de Meliponicultura, ou seja, de criação de abelhas nativas sem ferrão, realizada em dezembro. As próximas serão a Oficina de Elaboração dos Planos de Ação de Restauração Ecológica; e, por último, a Oficina de Monitoramento Ambiental Participativo.

As ações de restauração têm apoio do Instituto Çarakura e Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina através do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, e serão todas em Palhoça, num total de 10 hectares, considerando ações de conservação e restauração de 7 hectares de manguezais duas ilhas, nos Rios da Madre e Maciambu, e 3 hectares de restinga no entorno do Centro de Visitantes do Parque. Além dos benefícios ambientais diretos nos 10 ha restaurados, a conservação desta área é capaz de promover a proteção e a resiliência em um total de 54 hectares de mangues, restingas, banhados e florestas.

Mais informações:
Jornalista Responsável:
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Dilton de Castro
Coordenador do Projeto
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