O Projeto Raízes da Cooperação começou 2024 realizando suas últimas oficinas de restauração ecológica do ano! Num dia de muito calor, estudantes e pessoas da comunidade participaram de duas oficinas sobre manejo ecológico de espécies exóticas invasoras e arranjos funcionais de galharias para formação dos núcleos de restauração ecológica.
As oficinas integram as ações do projeto para conservação de manguezais e restingas da Grande Florianópolis.
“Antes de trabalhar as ações de manejo, é muito importante realizar atividades de conscientização ecológica, por isso incluímos no projeto as oficinas, formações e mutirões de envolvimento comunitário nas ações de restauração ecológica. É fundamental trabalhar a educação”, ressaltou Andréia Oliveira, do Instituto Çarakura, organização que apoia o projeto, sendo responsável pelas ações de restauração ecológica.
Nos próximos meses, estão previstos ainda 5 mutirões de restauração, onde serão realizados o plantio de 3 mil mudas de espécies nativas de restinga e de mangue, em duas ilhas, sendo uma no Rio da Madre e outra no Rio Maciambu, além do entorno do Centro de Visitantes do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro (PAEST), totalizando uma área de 10 hectares.
As ações de restauração ecológica acontecem após a finalização, no início deste ano, do corte de pinus de uma área de 7,72 hectares dessas duas ilhas, em Palhoça. Após o corte e manejo dessas espécies exóticas, o Projeto Raízes da Cooperação, executado pela ANAMA, em parceria com a Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, promoverá o plantio de espécies nativas da Mata Atlântica, por meio destes mutirões. Além dos benefícios ambientais diretos nos 10 ha restaurados (ilhas e entorno do centro de visitantes), a conservação desta área é capaz de promover a proteção e a resiliência em um total de 54 hectares de mangues, restingas, banhados e florestas.
Foram realizadas 8 Oficinas de Restauração:
Ao todo, foram realizadas 8 Oficinas de Restauração Ecológica desde o início do Projeto Raízes da Cooperação, em 2023. As primeiras, com foco no mapeamento e diagnóstico participativo, seguidas de duas oficinas de viveiragem para produção de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. Fizeram parte, também, desta estratégia, a oficina realizada com o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica em outubro e uma Oficina de Meliponicultura, ou seja, de criação de abelhas nativas sem ferrão, realizada em dezembro. As últimas oficinas, realizadas agora em fevereiro, fecham o ciclo de atividades educativas em restauração ecológica.
Camila Maria Baptistella, que está cursando Gestão Ambiental, participou das primeiras oficinas em setembro do ano passado e fez questão de participar das últimas. “Quero agregar conhecimento e poder aplicar o que aprendi aqui num projeto para valorização de plantas nativas, além de ampliar minha rede de parcerias”, disse.
