Oficinas de Combate a Incêndio reforçam prevenção a incêndios florestais em Palhoça

Publicado em 03/01/2024
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Dezembro registrou dois grandes incêndios florestais que atingiram cerca de 360 hectares de áreas de restinga da Baixada do Maciambu, próximo ao Centro de Visitantes do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro (PAEST), área de abrangência do Projeto Raízes da Cooperação. Por esse motivo e também acreditando no sucesso dos resultados das ações de restauração ecológica, a realização de Oficinas de Combate a Incêndios fazem parte das ações de mobilização social do projeto, que é desenvolvido pela ANAMA com apoio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental.

Em 2023, foram realizadas 5 oficinas para cerca de 200 pessoas, entre elas, moradores das comunidades do entorno, estudantes e professores. “As oficinas estão ocorrendo com objetivo de mobilizar crianças, jovens e adultos, especialmente no apoio ao monitoramento e prevenção de incêndios”, explica o coordenador das oficinas de combate a incêndio do projeto e brigadista do PAEST, Luiz Pimenta. Essas ações de prevenção e mobilização social integram também uma das frentes do Plano de Contingência a Incêndios Florestais (PLACON. 

“Essas oficinas também estão associadas a nossas ações de restauração ecológica, pois também precisamos prevenir e mobilizar a comunidade para proteção dessas áreas”, ressalta Pimenta. O incêndio atingiu parte do entorno do Centro de Visitantes do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro (PAEST), onde será realizado o plantio de mudas de plantas nativas como uma das ações de restauração ecológica do projeto.

As ações de restauração têm apoio do Instituto Çarakura e Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina através do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, e serão todas em Palhoça, num total de 10 hectares, considerando ações de conservação e restauração de 7 hectares de manguezais duas ilhas, nos Rios da Madre e Maciambu, e 3 hectares de restinga no entorno do Centro de Visitantes do Parque. Além dos benefícios ambientais diretos nos 10 ha restaurados, a conservação desta área é capaz de promover a proteção e a resiliência em um total de 50 hectares de mangues, restingas, banhados e florestas.

Dados ambientais

A Baixada Maciambu é um sistema único no mundo, formada por restinga que se estabelece sobre uma planície de cordões arenosos na forma de semicírculos, resultantes das oscilações do nível do mar durante milhares de anos. A Baixada apresenta espécies muito ameaçadas de fauna como a anta, e também da flora como a flor Commelina catharinensis, que só ocorre ali.

Embora a restinga tenha uma boa resiliência em relação ao fogo, os impactos tendem a demorar muitos anos para serem mitigados, podendo nunca ocorrer de fato, já que o ecossistema nunca voltará a ser como antes.

Os incêndios no Parque da Serra do Tabuleiro têm sido recorrentes ao longo dos anos, contudo, a resposta rápida dada a partir do PLACON diminuiu a extensão dos danos. Junto a isto, as instituições trabalharão para aprimorar o tempo de resposta e reforçar a sensibilização com os vizinhos do Parque sobre ações que podem ser adotadas para evitar incêndios.

O Placon é um grupo e trabalho criado pela Defesa Civil de Santa Catarina, em conjunto com o IMA, CBMSC, PMA, BAPM, PM, Polícia Civil, Defesa Civil Municipal, Secretaria de Segurança Pública de Palhoça e Instituto Çarakura, para organizar o modo de enfrentamento aos incêndios na Baixada do Maciambu. Este plano, além de organizar a primeira resposta, definiu equipamentos, comunicação social, sinalização dos acessos de combate, organização de Brigadistas Voluntários, entre outros.

O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, maior unidade de conservação de proteção integral do Estado, foi criado em 1975, com o objetivo de proteger a biodiversidade da região e os mananciais hídricos que abastecem as cidades da Grande Florianópolis e do Sul do Estado. A unidade é administrada pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), com o apoio do Governo do Estado. Ocupa cerca de 1% do território catarinense. Abrange áreas dos municípios de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí e Paulo Lopes.

Fazem parte do Parque as ilhas do Siriú, dos Cardos, do Largo, do Andrade e do Coral, e os arquipélagos das Três Irmãs e Moleques do Sul.

**Informações adicionais com o Instituto do Meio Ambiente (IMA/SC)

Mais informações:
Jornalista Responsável:
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Dilton de Castro
Coordenador do Projeto
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