Mulheres são maioria na equipe do Projeto Raízes da Cooperação

Publicado em 06/03/2024
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O Projeto Raízes da Cooperação se destaca pela maioria de sua equipe ser formada por mulheres. Ao todo, são dez profissionais de diferentes áreas que, juntas, fazem o projeto acontecer nas suas três frentes de atuação: pesquisa científica sobre fixação e estoque de carbono; restauração ecológica, controle de espécie exótica e monitoramento; e educação ambiental, mobilização social e ciência cidadã.

No Dia Mundial da Mulher, queremos destacar o papel desempenhado por cada uma delas no projeto, que une ativismo e profissionalismo na área socioambiental. São mulheres que, para além de suas profissões, também estão lutando em defesa da preservação e regeneração dos ecossistemas ambientais. Em especial, pelos manguezais e restingas da Grande Florianópolis, área de abrangência do projeto.

Suas contribuições nos diferentes campos de atuação se somam com um grande objetivo em comum: mitigar os impactos da crise climática. Temos mulheres sendo as responsáveis pelo planejamento e desenvolvimento das ações de educação ambiental e ciência cidadã, pelas ações de restauração ecológica e oficinas educativas de restauração, na pesquisa científica inédita sobre o potencial de estoque de carbono em manguezais que cresceram em aterros, e muito mais. Por trás de todas essas atividades, também estão mulheres que coordenam toda a parte financeira e administrativa do projeto. Um verdadeiro batalhão feminino!

Com uma vasta experiência como defensora ambiental, como educadora, na permacultura e na agroecologia, a pedagoga Andrea de Oliveira, responsável pelas ações educativas em restauração ecológica do projeto, acredita viver um propósito enquanto ser humano. “Nós mulheres possuímos uma grande potência que é trabalhar unindo nossas forças interiores e exteriores, sejam elas física, intelectuais, emocionais ou espirituais, trazendo resultados impressionantes quando se unem para travar nossas batalhas, sejam elas quais forem.

Fico muito feliz por termos muitas mulheres atuando nas causas ambientais, inspirando através de seu exemplo as presentes gerações para que estas também possam mover outras com mais potência ainda no futuro. Será preciso!”, completa.

Segundo o Observatório do Clima, olhar a crise climática sob uma perspectiva transversal e de gênero ajuda a entender as vulnerabilidades específicas, bem como propor soluções que possam alcançar as mulheres e outras populações minoritárias. 

“O patriarcado é o modelo civilizatório que promove a degradação ambiental e a opressão dos povos e dos corpos. Ser uma mulher feminista e cientista socioambiental é se colocar a favor da mudança que precisamos ser para a promoção de um futuro próspero para as futuras gerações”, enfatiza a pesquisadora e professora da UFSC, Alessandra Fonseca.

Ser ativista e uma profissional em defesa do meio ambiente, para a coordenadora financeira do Raízes, Natávie Kaemmerer, “é uma oportunidade para atuar neste mundo com propósito existencial, promovendo práticas sustentáveis e equitativas em diferentes setores, influenciando políticas, implementando projetos e colaborando com diversas instâncias coletivas interessadas em proporcionar um futuro mais justo e saudável. Ser mulher neste contexto tem camadas adicionais de desafios, mas também traz uma perspectiva única e uma determinação reforçada para enfrentar tais desafios”, salientou. 

Conheça todas as mulheres que fazem o Raízes da Cooperação:

Natavie de Cesaro Kaemmerer – Advogada – Coordenadora administrativa, financeira e jurídica. 

Alana Dias Monteiro – Contadora – Secretária executiva. 

Andrea de Oliveira – Pedagoga – Apoio a práticas educativas e de restauração ecológica 

Eduarda da Silva – Bióloga – Técnica de campo e restauração ecológica (Saiu do projeto há poucos dias para assumir uma pesquisa de mestrado na Amazônia)

Alessandra Larissa Fonseca – Bióloga – Pesquisadora em oceanografia e co-realizadora das ações de Ciência Cidadã

Aline Zanetti dos Santos – Bióloga – Bolsista de mestrado, responsável pela pesquisa científica sobre estoque e fixação de carbono em manguezais acrescidos

Maya Ribeiro Baggio – Bióloga – Assessora em educação ambiental e co-realizadora das ações de Ciência Cidadã

Morgana Eltz- Apoio administrativo, representando o Parque Estadual Serra do Tabuleiro

Gisele Elis Martins – Jornalista – Coordenadora de comunicação

Milla Rayssa M.D.Nunes – Bióloga – Monitora do Raízes da Cooperação nas ações de Ciência Cidadã

Quer conhecer um pouco mais sobre elas? Acesse:

Saiba mais sobre o Raízes a Cooperação:

O Projeto Raízes da Cooperação, executado pela Ação Nascente Maquiné (Anama), está atuando com pesquisa, educação e restauração, visando a conservação dos manguezais e ecossistemas associados inseridos na região hidrográfica litoral centro de Santa Catarina, englobando áreas do município de Palhoça, São José e Florianópolis. 

O projeto é realizado em parceria com a Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental e atua na bacia hidrográfica com o maior índice populacional do Estado de Santa Catarina, onde também estão as principais nascentes de água para abastecimento da Grande Florianópolis. As principais ameaças a esses ambientes vêm da urbanização, de espécies exóticas invasoras, do esgoto, de incêndios e do aumento do nível do mar.

A área de abrangência do projeto inclui comunidades tradicionais indígenas Mbya Guarani, pescadores artesanais, estudantes, professores, entre outras comunidades da região.

Mais informações:
Jornalista Responsável:
Gisele Elis (MTB 6822)
(48)99182-9013

Dilton de Castro
Coordenador do Projeto
(51) 99355-2254

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