Áreas Protegidas

Áreas Protegidas diretamente trabalhadas

O projeto atuará diretamente nas áreas e/ou entorno do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro (Palhoça/SC), Estação Ecológica Carijós (Florianópolis/SC); Reserva Extrativista Pirajubaé (Florianópolis/SC) e Terra Indígena Morro dos Cavalos (Palhoça/SC)

Parque Estadual da Serra do Tabuleiro
Foto: Dilton de Castro

UC Estadual – O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro

O Parque da Serra do Tabuleiro é a maior UC de Proteção Integral de Mata Atlântica em Santa Catarina (84 mil ha), abrigando formações naturais costeiras, como praias, costões rochosos, dunas, restingas, mangues e floresta de terras baixas, além das formações florestais de encosta, floresta com araucária e campos de altitude. Localiza-se nos municípios de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Paulo Lopes, Águas Mornas, São Bonifácio, Garopaba, Imaruí e São Martinho. Sua grande diversidade de paisagens abriga espécies ameaçadas de extinção de flora e fauna tais como macuco (Tinamussolitarius), jacutinga (Pipile jacutinga), papagaio-depeito-roxo (Amazona vinacea), sabiá-cica (Triclariamalachitacea), pavó-do-mato (Pyroderusscutatus), bugio (Alouatta fusca), puma (Puma concolor), além da espécie endêmica do preá do Arquipélago de Moleques do Sul (Cavia intermedia).

Estação Ecológica de Carijós
Foto: Dilton de Castro

Reserva Extrativista do Pirajubaé
Foto: Dilton de Castro

UCs Federais – ESEC Carijós e RESEX do Pirajubaé

Criada em 1987 com aproximadamente 750 hectares, a Estação Ecológica de Carijós garante a preservação de importantes remanescentes de manguezais e ecossistemas de transição na Ilha de Santa Catarina. Em sua área estão protegidos os sistemas estuarinos formados pelas bacias hidrográficas de Saco Grande e de Ratones. Os manguezais preservados da ESEC atuam como berçário e refúgio para diversas espécies da fauna aquática que lá encontram o ambiente ideal para reprodução e crescimento. A UC também possui especial importância para a pesca, principalmente para as comunidades tradicionais que vivem no seu entorno.

Constituída em 1992, a RESEX do Pirajubaé foi a primeira reserva extrativista marinha criada no Brasil, e seu principal objetivo é a possibilidade de extração do recurso natural local, o berbigão (Anomalocardia brasiliana), de forma sustentável pela população tradicional. Pode ser considerado o manguezal com a cobertura vegetal mais preservada da Ilha de SC, concentrando um importante banco de propágulos para recuperação de manguezais do entorno.

Essas duas Unidades de Conservação (UC) protegem os maiores remanescentes de manguezais da Ilha de Santa Catarina. Apresentam alta relevância para conservação da natureza por proteger parte dos últimos manguezais na costa sul do Brasil. Este aspecto confere importância científica adicional, além da relevância do ponto de vista da biodiversidade. As UCs abrigam espécies ameaçadas de extinção, tais como a lontra (Lutralongicaudis) e o jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris), além de espécies já bastante raras na Ilha de Santa Catarina, tais como o colhereiro (Plataleaajaja) e a águia pescadora (Pandionhaliaetus). Representam uma área natural de proporções extremamente significativas no contexto do acelerado processo de urbanização do município de Florianópolis. São fundamentais na manutenção do estoque de peixes de valor comercial, através da proteção dos estuários em três bacias hidrográficas da ilha de SC: Ratones, Saco Grande e Rio Tavares. Desta forma, as mesmas contribuem para o povoamento das águas marinho-costeiras e para a manutenção da tradicional pesca artesanal da região. Exportam nutrientes para as águas das Baías Norte e Sul da Ilha de Santa Catarina, contribuindo para a produtividade do sistema estuarino formado por estas baías e, conseqüentemente, para o desenvolvimento das atividades econômicas sustentáveis, como a maricultura com a maior produção de ostras e mariscos do país. Representam importante banco genético de espécies de interesse econômico e palco para pesquisas com as mesmas, visando atividades de produção e extrativismo. Apresentam alto valor cultural com uma diversidade de sítios arqueológicos e testemunhos de diferentes níveis marinhos do litoral. Neste contexto, diversas ações de educação ambiental são destinadas às escolas do entorno destas Ucs (Resultado Esperado 2), visando o reconhecimento e a valorização pedagógica e científica desses ambientes pelas comunidades locais.

Terra Indígena Morro dos Cavalos
Foto: Dilton de Castro

Terras Indígenas

A área do projeto integra a Terra Indígena Morro dos Cavalos no entorno do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro (com uma parte da área com dupla afetaçãocom o Parque). Essa TI apresenta uma diversidade de ambientes e de usos tradicionais com uma área de 2.0004 hectares localizada em um importante remanescente de Mata Atlântica com ocorrência de manguezal, restingas e floresta de encosta atlântica. De forma indireta o projeto abrange as outras TIs do entorno parque são elas: Terra Indígena Massiambu, Terra Indígena Cambirela e Reserva Indígena Cachoeira dos Inácios.